Foto: Renan Mattos (Diário)
Acidentes que envolvem bicicletas não têm hora para acontecer. Mas, durante a noite, os riscos podem ser maiores devido a menor iluminação e à fiscalização, principalmente, de madrugada. Também é nesse turno que os semáforos são menos respeitados. E não dá para confiar no sinal verde sem ter a certeza que o caminho está, de fato, liberado. Há motoristas que passam direto no vermelho sem nem diminuir a velocidade.
Em Santa Maria, cenas de carros que passam muito perto de ciclistas ao longo das rodovias, sobretudo, a ERS-509, RSC-287, BR-392 e BR-158 são comuns. As vias são locais de tráfego de grupos de pedalada e, por vezes, a única opção de deslocamento para quem vai ou volta do serviço no início da noite. Das 18h30min às 19h30min, foi o horário que a reportagem do Diário flagrou o maior número de ciclistas na RSC-287, nos últimos dias.
No perímetro urbano, também é frequente a presença de ciclistas à noite. Na última terça-feira, o serviços gerais José Machado Barcellos, 54 anos, saiu do Bairro Urlândia, onde mora, para ir até o Hospital de Caridade, onde trabalha. Diariamente, seu percurso inclui passar pela ciclovia da Avenida Hélvio Basso e seguir pela Avenida Presidente Vargas, local que, segundo ele, oferece perigos. A via é movimentada e não há espaço exclusivo aos ciclistas. Por precaução, Barcellos se cuida como pode:
- Estou sempre de colete e coloco adesivos na bicicleta. Também uso o "amigo capacete". Se eu cair, me protege, pelo menos, um pouco. A gente, que precisa trabalhar, acaba se arriscando, passa por ruas escuras. É uma pena que a cidade só tenha uma que outra ciclovia e em uns caminhos curtos.
NA CHUVA
Outro imprevisto que pode acontecer no deslocamento de bike é a chuva. Além de prejudicar a visibilidade, os dias chuvosos são propícios a quedas em pistas escorregadias ou mesmo a resvalos nos pedais da bicicleta se o calçado não for adequado. A saúde também agradece. Isso se ao fim de cada pedalada, o ciclista não ficar completamente encharcado.